2.11.08

dia de finados

tudo caminha para a casa do sepulto
amor, sofrimento e até loucura
nada sobrevive
quando se aproxima da boca de uma sepultura
as vezes, por coincidencia, tudo se dá por acabado
na manhã triste e ensolarada
de um dia de finados.

o dia de finados
nos lembra de todo o fim
querido, dado ou indesejado
retiros,
abraços,
suspiros;
tudo morreacaba
na lápide de uma sepultura

um resumo de vida
resumido ao maior
diminuindo ao menor
geometricas ou não
saudades espirituais
metafísicos poemas, fisicos temas
nada resiste e tudo se quebra
guardado nos braços de uma sepultura.

amizade, inimigos e vida
nada se suporta
ao cansaço provocado pela própria vida
pode não ter remédio,
e tambem nem ter cura
de nada serve
todo bem e mal se acaba
no calor de uma sepultura.

toda história fria ou morta
de gente que foi
correta, honesta ou torta
nada se segura
todo bem e mal se esvai
no silencio de uma sepultura.

o sorriso dela tambem morre
com a dona
que pra outro sorri
e que por mim não, não ore
que a depender de mim
não chore
na beleza eterna dura e crua
que pra quem observa
é o diviso do infinito
a grandeza de uma sepultura
e uma frase pobre e podre, malefeita no granito.

até mais a quem vinha por aqui, felicidades a quem nunca mais vi!